Review Filme: Scott Pilgrim Vs o Mundo

Scott Pilgrim contra o Mundo
Em tempos de modas adolescentes e filmes mais adultos, surge “Scott Pilgrim contra o Mundo” para agradar um publico inusitado: Os jovens entre 20 a 30 anos, que nasceram nos anos 80, cresceram nos anos 90 e têm seus problemas, que não são tão maduros quanto os de pessoas com mais de 30, nem imaturos demais para agradar adolescentes. Talvez por este motivo a Paramont Brasil achou que era um filme de nicho (o que realmente é) e irá exibir em pouquíssimos cinemas pelo Brasil o que gerou uma revolta entre os fãs.

scott pilgrim

Quem não está nessa faixa etária que o filme pretende atingir pode não entender quase nenhuma referência do filme que faz uma grande homenagem aos videogames antigos, que combina muito com o publico, pois é exatamente o pessoal que era moleque quando o Atari, Master System e Mega Drive surgiram e mesmo que hoje em dia não joguem mais videogames, é nostalgia pura lembrar daqueles clássicos.
scott pilgrim
Dirigido pelo mesmo diretor de Shaun of the Dead (Todo mundo quase morto), Edgar Wright, baseado em uma história em quadrinhos, o filme conta a história de Scott Pilgrim (interpretado pelo excelente Michael Cera do excelente SuperBad e Juno), garoto canadense e baixista de uma banda de garagem, que se apaixona por Ramona Flowers, entregadora de compras pela internet, porém para ter o direito de namorar a garota, Scott terá que vencer um desafio que consiste em vencer a liga dos sete ex-namorados malvados da garota.

Scott Pilgrim
Apesar da película falar sobre problemas comuns de jovens como namoro e querer vencer na vida, o mundo de Scott Pilgrim não faz questão de ser realista, com inimigos com super poderes, contagem de pontos e ação totalmente insana e irreal, mas fazendo sempre referência a jogos e aos quadrinhos de originaram o filme, com uma boa dose de humor. É um estilo único que mistura conflitos reais dos personagens com insanidades, mas a mistura foi feita com tamanha maestria, que o resultado agrada.

Ramona flowers
Uma das coisas mais interessantes do filme é o estilo visual único, que tem onomatopeias e outras linguagens dos quadrinhos que representam som e velocidade que destorcem a imagem do quadro de modo belíssimo e combinando isso com a fotografia excelente, fica algo a ser lembrado.

Um bom filme?! Não, uma obra prima, um excelente filme para o seu publico, mas que vai desagradar a galerinha que aprendeu o que é videogame jogando Xbox 360 e acham que os conflitos de Crepúsculo são complexos. É mais do que um bom filme, é um exemplo de como fazer uma adaptação de uma obra dos quadrinhos para o cinema.