Depois de Machinarium, eu descobri o paraíso dos games: os jogos independentes – ou indies, para os íntimos!
Muitos deles, apesar dos investimentos menores, conseguem ser mais surpreendentes e viciantes de que muitos jogos triplo A (vulgo top de linha, a tampa da panela, <insira gíria para o mais da hora dos últimos tempos>). A qualidade não deixa a desejar na maioria dos jogos que tive a oportunidade de jogar, e Evoland… bem, Evoland é diferente.
Mas por que é diferente? É ruim? Tem gráficos feios? A jogabilidade não é boa?
Ele é diferente porque começa com um tratamento de choque: se você acabou de ver um gameplay de The Last of Us no youtube e em seguida abre Evoland para começar a jogar – como foi o meu caso – a diferença gráfica é gritante. Isso porque Evoland começa em 8 bits, tons de cinza, sem música ou qualquer outro som e com movimentos limitados. Mas como o próprio nome sugere, esse é um jogo sobre evolução.
Mas vou dar a sinopse, para que você não fique perdido.
Evoland é uma jornada através da história de ação e aventura que permite ao jogador o desbloqueio de novas tecnologias, sistemas de jogo e melhorias gráficas, garantindo assim a progressão do jogo, jogando. As referências a outras séries de jogos, especialmente RPG’s, é evidente, a começar com o protagonista que lembra muito o Link, além do sistema de batalha parecer bastante com o de Pokémon, isso para citar poucos exemplos…
Como foi dito acima, é necessário que o jogador desbloqueie as melhorias e itens para continuar jogando, e isso é possível através da abertura de baús que estão espalhados por todo o mapa. Assim, sabemos que estamos em Evolandia, uma terra que viveu em paz por muitos anos e que agora está sendo ameaçada por um antigo mal. E o protagonista é o último membro da Ordem dos Dragões e deve partir em viagem para lutar contra as forças do mal e ajudar as pessoas que precisam.
O que achei mais bacana do jogo é que ele poderia ser uma aula de história dos jogos, mostrando as gradativas mudanças pelos quais eles passaram ao longo das últimas décadas.
Ele foi desenvolvido originalmente por Nicolas Cannasse para uma competição do Ludum Dare, um evento no qual os participantes devem desenvolver um jogo durante uma semana, a partir de uma ideia sugerida pela comunidade, semelhante ao Global Game Jam. Sendo vencedor e fazendo sucesso, o game foi refinado pela Shiro Games e lançado oficialmente em 4 de abril de 2013. Ele pode ser comprado pela Steam e tem um preço bem acessível, apenas R$ 16,99, ou pelo site oficial por $9,99.
Confiram o trailer: