Top 10/2: A minha retrospectiva 010

Ano vem, ano vai, jogos são lançados, alguns bons, outros não e de praxe um monte de site resolve recontar o que aconteceu durante o ano que passou. Eu resolvi entrar na onda e decidi relembrar os 5 jogos que saíram em 2010. Então vou falar dos que eu tive a oportunidade de jogar e  realmente gostei que são:

5- Kingdom Hearts: Birth By Sleep (PSP)

Desde a aparição de um vídeo secreto em Kingdom Hearts II, muitas pessoas pensavam que se tratava de um novo jogo e eis que surge esse jogo que conta a jornada dos três personagens Terra, Aqua e Ventus (que possui a aparência de Roxas por um motivo explicado no jogo) através dos mundos dos personagens da Disney para se tornarem mestres da Keyblade e durante a jornada o jogo consegue explicar fatos como o conhecimento de Maleficent (vulgo Malévola) sobre as keyblades e as viagens interplanetárias, a origem da Keyblade War e a relação de Ventus com Sora. Além da história, o jogo conta com um inovador sistema de habilidades aonde você pode fundir duas habilidades para formar uma nova, um modo online aonde você pode bater nos inimigos com seus amigos e um jogo de tabuleiro que é uma mistura de Banco Imobiliário com Jogo da Vida. É um Kingdom Hearts de bolso.

4- Medal of Honor (PC, X360 e PS3)

Medal of Honor foi o jogo que levou o FPS para os consoles, mas que com o passar dos anos foi perdendo a força e acabou ofuscado entre jogos grandes como Call of Duty e Battlefield. Mas, a EA, percebendo a desgraça que fez e tentando correr atrás, resolveu fazer um reboot do jogo ( o que já é uma missão bastante ingrata) que estivesse à altura de jogos como Modern Warfare (e o mais novo Black Ops) e a série Battleifeld Bad Company (que é da própria EA). E para conseguir completar essa missão, a empresa entregou o jogo a duas empresas diferentes que são a novata Danger Close (responsável pelo Singleplayer) e a DICE (pelo Multiplayer) e devo dizer que a missão foi cumprida, mas de um modo mediano já que a campanha Singleplayer é muito empolgante consegue te prender até o fim é curta demais (só tem 6 horas de duração) e o Multiplayer é bem organizado com Killstreaks e medalhas que melhoram a sua experiência mas que carece de um modo cooperativo. É um jogo que não conseguiu ficar no topo mas que conseguiu reacender a chama da série. Vale a pena ser jogado.

3- Castlevania: Lords of Shadow (PS3 e X360)

Castlevania possui uma espécie de problema em relação a adaptações 3D, sendo que todos os jogos que foram lançados antes desse jogo são ruins ou uma desgraça pura, e a Konami, que já estava de saco cheio disso, resolve também fazer um reboot da série inteira e delegou o trabalho à espanhola Mercurysteam (que não é famosa por fazer jogos de qualidade) e ao criador da série Metal Gear e da Zone of the Enders Hideo Kojima, o que quer dizer uma missão mais ingrata do que a outra já que, além de ter que fazer um jogo de qualidade e de ter que se redimir pelas desgraças que os jogos 3D são, o jogo teria que responder à altura do hype criado pelo Kojima. Não preciso dizer que o jogo teve um êxito enorme nessa cruzada: o jogo é graficamente lindo, a história, que se baseia em ressuscitar a esposa de Gabriel Belmont (o protagonista) através de uma máscara que garante poderes ilimitados ao usuário, consegue se aprofundar muito e garante algumas reviravoltas realmente interessantes; o sistema de batalhas, inspirado em God of War, consegue fazer com que o jogador tenha que ser realmente ágil porque, além de existir duas barrinhas de poderes (uma que recupera sua vida e outra que deixa os ataques mais fortes) e outra barrinha somente para recarregar essas duas, todo e qualquer inimigo pode e vai varrer o chão com a sua cara em instantes, levando a dificuldade a níveis altíssimos mesmo no normal e sem falar nos puzzles que realmente faz com que você tenha que quebrar a cabeça para solucionar e da caça a relíquias, Power-ups e quests que são em média uma por fase, levando o jogo a muito mais do que simples 20 horas se você quiser fazer 110% dele. É uma excelente adaptação 3D e um ótimo Castlevania para se jogar. Ah sim, tem um castelo no jogo.

2-Final Fantasy XIII (PS3 e X360)

Antes de ser lançado, FF já fez bastante barulho por quebrar o contrato de exclusividade com a Sony a pedido da Microsoft e lançá-lo para a Xbox, o que causou alvoroço na internet (o famoso “Chupa essa, Sonystas”), é claro com alguns cortes devido ao tamanho da mídia do console que se fossem juntos, poderiam criar um novo jogo (o famoso “Chupa essa, caixistas”); por ser o primeiro jogo da série sem o compositor Nobuo Uematsu e por também ser o primeiro a usar uma música licenciada (“My Hands” para quem quiser saber); por causa de sua linearidade exagerada e mais um monte de outras coisas. Fora isso, o jogo é incrível: conseguiu reinventar o sistema de Active Time Battle (ATB) e o tornou mais dinâmico, dando um ar de Action-RPG; o inovador sistema de Cristarium Points que pega referência do sistema de evolução de Final Fantasy X; a eliminação de clichês como os inimigos deixarem armas e dinheiro e você ter que curar seus personagens após cada luta; os gráficos que figuram entre os melhores já vistos no console da Sony (a versão de Xbox nem tanto) e a trilha sonora é muito bem diversificada. Mas o jogo também peca em ter uma sidestory muito melodramática e faz com que todos os personagens pareçam adolescentes inseguros, uma má colocação da trilha sonora em alguns momentos e a linearidade extremamente forçada em alguns outros pontos. Tirando isso, é um dos melhores jogos desse ano.

1- Mass Effect 2 (PS3, X360 e PC)
O primeiro Mass Effect já é um ótimo jogo com uma história incrivelmente profunda e uma jogabilidade realmente inovadora e outras coisas mais. Nada novo que a gente esperasse por uma continuação à altura, mas o jogo conseguiu ficar em um patamar muito maior do que o primeiro: a história ficou muito mais profunda e emocionante (aonde Shepard, depois de morrer e ser reconstruído após 2 anos pela organização pró-humanos Cerberus, decide lutar contra a ameaça dos Collectors, seres misteriosos que vivem no inóspito Omega 4 Relay e que passam a sequestrar humanos em larga escala para um propósito misterioso e ao mesmo tempo horrível ) na qual suas escolhas têm ainda mais repercussão na história e que conseguem ter ainda mais se você tiver guardado um salvo do primeiro Mass Effect; a jogabilidade inverteu completamente já que, antes era um RPG com elementos de TPS, e virou um TPS com elementos de RPG, o que melhorou e muito a imersão no jogo; os gráficos melhoraram muito e agora nós temos a chance de realizar viagens espaciais através da galáxia e acredite: você vai perder muito tempo viajando e minerando apenas para poder melhorar a sua armadura, as suas armas e a Normandy. O único ponto negativo do jogo é a sua trilha sonora incrivelmente escassa e que só toca em alguns momentos-chave e nas batalhas, mas que consegue passar despercebida pela ação das lutas. Com certeza, é um dos melhores (senão o melhor) jogo lançado este ano.

Menções (realmente) Honrosas:
– God of War III, Super Mario Galaxy 2, Starcraft II, Darksiders, Modnation Racers, Gran Turismo 5, Super Street Fighter IV, Bioshock 2, God of War: Ghost of Sparta, Kirby’s Epic Yarn, Scribblenauts, Rock Band 3, Dead Rising 2, Red Dead Redemption e 3D Dot Game Heroes.

E esse é o primeiro Top 10/2 do ano . Se você achou que algum outro jogo que você gosta foi injustiçado, comente e mande também a sua listade jogos deste ano. Até mais e que venha 2011.