Uma luz sobre o Greenlight

Um dos maiores fenômenos do Steam desde a abertura do Steam Workshop, e a transformação do Team Fortress 2 em free-to-play, foi a abertura no fim de agosto do Steam Greenlight, que é basicamente um controle de qualidade para jogos indies onde quem decide quem entra para o clubinho da Valve são os próprios usuários. Parece até o paraíso para quem quer ter seu jogo publicado, já que qualquer um pode colocar seu jogo no serviço, mas isso deu margem para que muita gente colocasse jogos porcos, jogos falsos (como o Silvio Santos HD Collection e o Half-Life 3, cortesia da Valve) e pedidos de jogos por parte de pessoas que achavam que o negócio era uma forma de pedidos. Isso forçou a Valve a colocar uma taxa de 100 dólares para cada jogo colocado como medida de segurança e que é devolvida ao usuário caso o jogo não seja aceito pelo público (convenhamos isso é mais uma forma do desenvolvedor assegurar a qualidade de seu jogo).


Então, nessa bagunça que o Greenlight está, uma bagunça que qualquer coisa se mete antes de estabilizar, eu resolvi mostrar alguns dos jogos que merecem o joinha necessário para entrar no Steam (entre eles, olha só, dois brasileiros) e um bundle feito somente para esses jogos. Eles são:

 

Oniken


Feito pela Joymasher, uma desenvolvedora brasileira de 4 pessoas, Oniken é um jogo que imita o estilo 8-bit do Nintendinho para entregar uma experiência ao melhor estilo Ninja Gaiden com uma ação plataforma na qual todos os inimigos sabem o lugar exato para aparecer e ferrar com a tua cara em uma história na qual um grupo se une a Zaku, um homem que mais parece o Kenshiro, para enfrentar a organização do mal chamada Oniken que reina suprema em um mundo destruído pela guerra. É uma ótima oportunidade para ajudar a indústria brasileira a se desenvolver.

 

Out There Somewhere


Desenvolvido pelo estúdio Miniboss, uma outra desenvolvedora brasileira composta por 5 pessoas e um gato, e conta a história de Yuri, um astronauta que se vê preso em um planeta desconhecido e que conta com a sua arma de teletransporte para resolver os seus vários puzzles e assim poder sair dele. Com uma arte 2D bem bonita e colorida e com puzzles bem feitos, ele é uma outra grande forma de incentivo à indústria brasileira.

 

McPixel [Aprovado]


Quem se lembra do McGyver e sua grande perícia de conseguir resolver as coisas na base do improviso? Pois é, um cara intitulado Sos Sosowski resolveu se basear nele para criar o detetive McPixel, especialista em resolver as situações mais inusitadas da maneira mais esdrúxula possível enquanto nutre a sua mania de chutar as virilhas de homens e mulheres e de mijar nas coisas. Com seus 100 níveis, um mais doido que o outro, McPixel segue aquela linha de um jogo que é tão ruim que é bom,e acaba se tornando uma grande fonte de risadas (e de vergonha alheia).

 

Broforce


Esse é o verdadeiro jogo dos Mercenários. Feito pela desenvolvedora sul africana Free Live Games, ele reúne todos os maiores ícones dos filmes de ação dos anos 80 e 90 (com nomes levemente adaptados como Brodock, Rambro e Brominator) para enfrentar um exército do mal, destruir qualquer coisa a sua volta e libertar pessoas. Tudo isso aliado a um generoso número de explosões (se você quer mais história que isso, você veio ao lugar errado). O jogo ainda está em desenvolvimento, mas já tem uma demo jogável que sofre com a falta de um menu de seleção de personagens, mas que dá pra sentir como o jogo vai ficar mais tarde com mais cenários, mais inimigos, luta contra chefes, modo multiplayer, mais personagens e um editor de níveis para poder compartilhar com o mundo. Em resumo, é um jogo tão cheio de testosterona que você não dá um joinha para aprová-lo, você dá um Brofist.

 

Black Mesa: Source [Aprovado]


Considerado o Duke Nukem Forever dos mods, esse jogo é na verdade um remake do primeiro Half-Life usando a engine Source em sua versão de 2007 e que promete apresentar o primeiro jogo de uma mais agradável em termos visuais e de jogabilidade. O problema é que esse mod está em desenvolvimento há quase 10 anos e só agora, 3 anos depois de sua data estipulada de lançamento, é que a equipe responsável pelo mod vai lançar uma demo do jogo mostrando o progresso feito até agora (melhor do que se o projeto fosse cancelado e como o mod vai sair de graça, não vejo problema nenhum com isso). Então, se esse mod passar no Greenlight, ele pode ser um sinal de que o pessoal ainda está interessado e que está acreditando que ele não receba o mesmo destino que o Duke sofreu com último jogo.

 

Especial: The Greenlight Bundle
Então, após ver todos esses jogos no Greenlight, você pensa “Tem tanto jogo legal, mas não tenho grana suficiente para comprá-los”. Não tema meu amigo, porque a holandesa Stolen Couch Games, a desenvolvedora responsável pelo jogo Ichi, decidiu criar um bundle voltado apenas aos jogos que estão no Greenlight e que precisam de uma mãozinha para passar pro Steam ao vendê-los a preços muito acessíveis (você pagava 5 dólares por 8 jogos e algumas trilhas sonoras). O primeiro bundle já acabou, mas é possível que outros surjam, então vale a pena ficar de olho nele.

Se você tem algo a falar, algum jogo para recomendar ou se você quer mais recomendações, comenta aí embaixo. Vai que ele recebe uma luz verde, hein? (me desculpem pelo trocadilho horrível)