Review: Dead Space: A Queda

Para expandir a história do jogo e atrair um público maior para o lançamento do primeiro Dead Space, a EA decidiu fazer um filme para amarrar as pontas soltas do jogo. E admito que deu certo, mas não muito.
O filme começa com um videolog de uma mulher que se revela como Alissa Vincent que fala o que aconteceu na nave até aquele momento: uma forma de vida alienígena se apossou dos corpos dos tripulantes. Todos estão mortos, a colônia foi destruída e o artefato de nome Marker e a nave USG Ishimura devem ser destruídos. Em seguida o filme volta uma semana, aonde o pessoal da colônia estabelecida no inóspito planeta de Aegis VII, localizada no Sistema Cygnus, descobre o artefato de nome Red Marker, um símbolo da existência de Deus para os unitologistas (conhecidos pelo seu extremismo religioso), uma semana depois, Alissa, que descobrimos ser a chefe de segurança da Ishimura, procura, ao mesmo tempo em que duvida das ordens dadas pelo capitão Benjamin Mathius que está mais preocupado com o Marker do que com o pessoal, que tenta relacionar o surto de mortes na colônia à retirada do Marker. É claro que logo após um desenrolar de fatos mostrados no filme, o que estava na colônia entrou na nave e cabe a Alissa e sua equipe descobrir o que está acontecendo e resolver o problema. E é aí que o filme começa.

O filme foi feito seguindo aquele esquema dos personagens serem desenhados à mão e em seguida colocado em um ambiente em CGI pré-renderizado, deixando o filme muito bem detalhado, mas em algumas cenas é possível notar um grande contraste entre os dois tipos de animação, mas que conseguem passar despercebidos devido ao ritmo um pouco frenético do filme.
A trilha sonora realça o ambiente do filme deixando-o assustador,  mas peca por passar despercebida em alguns pontos. Já os efeitos sonoros foram muito bem colocados nas cenas (destaque para os gritos que conseguem demonstrar a ira dos Necromorphs e o medo e desespero das vítimas e do pessoal da colônia).

Um dos grandes pontos negativos deste filme é o seu roteiro, que privilegiou mais a história da franquia, deixando de lado os personagens principais mais rasos e pouco carismáticos, dificultando ao espectador entender e até se identificar com os personagens, transformando o filme em um show de sangue, morte e desespero.
Outro grande ponto negativo é a grande rapidez na qual o filme se desenvolve em seus 74 minutos, dando um sentimento de que certos ambientes e situações foram mal aproveitados o que dá uma sensação de que o filme poderia ter sido muito melhor se eles o tivessem  arrastado um pouco mais.

No final, DS: Downfall poderia ter sido um grande filme do gênero de horror, mas que perdeu muito devido a missão imposta de amarrar os nós soltos deixados pelo jogo.

Soma:

Roteiro: 1,7/2,5

Sua preferência pela história geral tirou um pouco da qualidade.

Animação: 1,9/2,5

Bem feita, mas que gera alguns contrastes.

Som: 2,1/2,5

Os gritos são bem convincentes.

Replay: 1,5/2,5

Tirando a história ele mais parece um terror slasher.

Final: 7,2/10