Maverick Hunter X – Análise do jogo

Megaman X 1 foi um dos jogos que mais joguei na minha vida, em uma época que até para conseguir jogos paralelos, era necessário investir um bom dinheiro e por esse motivo tive que jogá-lo até decorar tudo que o jogo tinha para oferecer, o que não era muito, mas como o design de fases era sensacional, jogar diversas vezes não deixava de ser uma experiência divertida. Muitos anos depois, um remake desse jogo foi feito para o PSP, o “Maverick Hunter X”, mas parou por ai, sendo que rolava uns boatos que todos os jogos da série “Megaman X” seriam refeitos, mas não foi o que aconteceu. Assim, podemos deduzir que o remake não foi muito bem feito, certo? Errado. “Maverick Hunter X” deveria ser exemplo de como fazer uma reimaginação de um jogo.

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No começo da década de 90, a série Megaman está supersaturada no Nes, o console 8 bits da Nintendo. Ao todo, foram lançados 6 títulos da série para o nintendinho, praticamente um por ano e as novidades não eram muitas. Tendo isso em vista, a Capcom achou que era hora de mexer na fórmula consagrada da série e inserir novidades que realmente mudariam o modo de jogar, nascendo a série Megaman X, que se passava vários anos depois da série original e o protagonista tinha novas habilidades como a possibilidade de subir nas paredes, partes de armadura que aumentavam as habilidades do protagonista e um dash que aumentava a capacidade de pulo, novidades que hoje parecem simples, mas revolucionaram os jogos de plataforma da época. Acredito que deve ter sido um desafio manter essas mecânicas que fizeram a diferença na época, mas que hoje não são nenhuma novidade, trazendo algo bom para os dias de hoje e esse jogo conseguiu.

A base do jogo original era sólida, mas tinha defeitos que com o tempo gritavam por uma atualização, como poder salvar em qualquer parte do jogo e que nessa versão foram arrumados (no original, os passwords não funcionavam para armazenar a energia contida dentro dos tanks e quais fases do sigma tinha sido finalizadas).

A dificuldade também foi ajustada. No geral, as coisas estão mais fáceis, mas acredito que uma dificuldade mais equilibrada, sem saltos muito grandes, apenas melhorou o jogo, porém existem também trechos do jogo que ficaram mais difíceis se comparados com o original. Se você quer um desafio maior, agora é possível escolher modos de dificuldade.

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Depois de finalizar o game, o modo de jogar com o vilão Vile é desbloqueado e uma nova história é apresentada, com diálogos inéditos e fases iguais, mas com inimigos colocados de forma diferente. Um excelente motivo para jogar novamente, principalmente considerando que ele é mais fraco que o X e ataca de outros modos, proporcionando um desafio excelente para os veteranos.

Na parte artística, a trilha sonora ganhou mais qualidade e os gráficos são em “2.5D”, sendo poligonais, mas com jogabilidade funcionando como em um jogo de plataforma 2D clássico. Os gráficos cumprem o seu papel, mas não impressionam e acredito que essa simplicidade gráfica seja para não atrapalhar a velocidade frenética do jogo.

Quem gostou do original, tem bons motivos para revisitar esse remake, que pega o melhor do jogo clássico, dá uma arrumada em seus problemas, entrega uma boa dose de novidades para os veteranos e não decepciona os jogadores mais novos.

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