Heróis de hoje, são meus heróis de amanhã

Começar qualquer assunto em uma resenha que envolva quadrinhos é quase impossível, são milhares de novidades, milhares de lançamentos, milhares de heróis/vilões que estão em alta no momento, interesses em heróis preferidos e o Mephisto a quatro para querer começar.
Hoje em dia com o reboot da DC e as “grandes sagas” Marvel (que virou vicio desde o lançamento de Guerra Civil, infelizmente e também felizmente), saber como dar o passo inicial nesse mundo acaba sendo quase que confuso… ‘ah, mas a DC fez o reboot não posso começar a ler agora’ pergunta você, e eis q lhe respondo leitor, poder você pode, mas vai continuar confuso, pois mesmo sendo um “reboot”, que em minha opinião a DC só Marvelizou seus heróis deixando o Batman com atitudes do Justiceiro, e Superman como o amigão da vizinhança Homem Aranha, o que ocorreu em muitas historias anteriores ainda se mantêm. Batman não é um solitário, ele já possui os Robins (os três, Dick, Tim e seu filho Damian…sim o Bruce tem um filho óóóóóh), Superman pode não ter a Louis mas ele mantêm o estilo jornalista com a diferença que agora é odiado pela policia (onde nós já vimos isso heim). Certo, então vamos voltar a resenha original, se eu quisesse começar a ler agora, onde eu deveria procurar… Bem vou dar duas dicas aqui para quem quer começar agora, nesse instante nesse minuto…
Se você pretende ser um “DCnauta” e conhecer a historia do Superman, do “Bátema” e da Liga da Justiça em geral vou lhe dar uma dica que me fez dar espasmos de surpresas (eu sei foi estranho pra caramba essa frase, mas continuemos) e se chama…Flashpoint. Leitores antigos vão falar, porra que merda de literatura, bla bla bla mi mi mi nem faz parte da cronologia mais bla bla bla mi mi mi denovo… mas imagine que você não conhecesse nada do que um dia já soube através da TV, e outros meios de comunicações, que você viveu em uma caverna a décadas e alguém apareceu e te deu um quadrinho, é aquela sensação de quando era criança quando você não sabia quais os poderes de um herói ou vilão novo, não conhecia os vilões do mundo, muitas vezes não sabia nem quem era o herói, e é isso que Flashpoint passa, o desconhecido.

Tudo começa com nosso querido amigo “o homem mais rápido do mundo” The Flash sendo “jogado” em um espaço tempo (como sempre) e parando em uma outra dimensão (como sempre), mas as diferenças param por ai quando ele descobre que perdeu seus poderes, a Mulher Maravilha e o Aquaman dominaram metade do planeta e estão em guerra, Arqueiro verde é dono de uma empresa bélica de armas e nenhum dos heróis que ele conhecia são o que parecem ser, amigo pode ser inimigo e inimigo pode ser amigo (ou não). Nessa “saga” você não sabe o que esperar… eu mesmo tive ataques ao saber da identidade secreta do Batman e descobrir que o coringa não era o coringa que eu conhecia, para mim a DC devia ter investido nessa saga ao invés de ter dado reboot.

Se você pretende seguir a vida como “Marvete”, você pode ir atrás de qualquer lançamento que tenha como titulo “A Era Heróica”, essa saga, que atualmente esta sendo lançada pela Editora Panini no Brasil, é uma renovada no espírito dos heróis, dando um reboot não oficializado e uma pausa entre as sagas. Um leitor novato pode ir sem medo atrás desse titulo, pois salva raras citações a “O Cerco”, com a queda do império de Asgard, é um bom começo para qualquer leitor que queira começar a se embrenhar nesse caminho de leitura, eu mesmo atualmente estou pondo muitos títulos em ordem começando a partir destas, e que já são um gancho para pegar a ótima “O Próprio Medo” que em minha opinião é uma saga que tem tudo para ser uma ótimo entretenimento sugador de dinheiro e horas de leitura, assim como foi Guerra Civil.

Como podem ter notado eu citei apenas as duas maiores carros chefes dos quadrinhos, apesar de existirem ‘n’ editoras tão boas quantos (as vezes até melhores), elas não se atém muito a “reinicializações” pseudo oficiais, obrigando o leitor a tentar conseguir os números anteriores como por exemplo Walking Dead (os Mortos Vivos) ou os heróis da editora Image.

 

Esse artigo é uma colaboração de Necrokure.