Fraseologia 11 – A geração posterior está perdida?

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O Fraseologia é um podcast no qual discutimos sobre algum assunto que gerou polêmica usando uma frase de base para a discussão. Dessa vez falamos sobre a mentalidade da geração posterior ser sempre uma merda. Será que é realmente assim?
E desta vez Zaider, Renan Aspira, LivCat e Artur (ghosturbo) recebem Fábio Ayçar o FatFrog do Pó de Cash para discutir uma frase muito dita por pessoas a cada nova geração que nasce:  “A geração posterior está perdida.”

Duração:  12 minutos

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19 Responses

  1. Perfeita a participação da LivCat, sem desmerecer ninguém, mas a Liv colocou em pauta como as coisas são para outras pessoas que vivem o outro lado das opções, sejam elas musicais ou somente comportamentais. E cada um tem uma época diferente e sempre vai achar a sua melhor, mas garotos e garotas com 15 anos que dizem que "sua época era melhor" ai ja é demais neh…rs

    bjsss Iracroft

    Responder

    1. Por mim a Liv participaria de todos, mas nem sempre é possível, como na ultima maratona de gravações ela participou de 2 dos 5 casts gravados. Na verdade o ideal era que todos os membros que gostam de discutir temas mais sérios sempre participarem.

      Responder

  2. Na verdade não, e digo isso depois de ouvir o cast porque algo do que foi dito é a absoluta verdade, sempre a próxima geração acabará com o mundo/cultura/equilíbrio do universo mas as coisas não correm dessa forma, eu sou de uma geração e de uma região em que tínhamos a galera que ouvia RAP de um lado que só falava de "treta" todo o dia o dia todo, tentando gerar uma consciência engajada que os mais velhos nunca diriam engajada, e a galera do rock geral, desde os metaleiros heavy aos filósofos e os que estavam lá, mas também em um grupo harmonioso que queria apenas um lugar pra si, um grupo de pessoas que pudessem entender um ao outro. Minha avó nunca diria isso de nenhum dos dois grupos, mas estávamos lá, sobrevivemos, alguns continuam enchendo a cara regularmente, mesmo que não seja na praça mas de certa forma todos progrediram, assim como boa parte ou alguns dessa geração maldita de funk/michel teló/restart fará num futuro próximo.

    Responder

    1. Ainda sai coisa boa de qualidade, assim como continua assim coisas ruins. A maioria das pessoal gostando de funk, michel teló e outras merda, assim como antigamente axé e sertanejo comandavam. Existem apenas uma reciclagem do lixo.

      Responder

  3. Mais um bom assunto para se discutir. Parabéns!
    Na minha infância e adolescência, sempre ouvi isso dos mais velhos: “Essa nova geração está perdida”.
    Como tenho 60 anos, já ouvi a mesma coisa em outras 3 gerações.
    Não quero dar uma diferente, mas sinceramente nunca usei essa frase na vida.
    Acredito que as pessoas que têm esse pensamento, são bitoladas e não acompanharam e evolução humana.
    Posso comparar Led Zeppelin com Restar? Claro que musicalmente falando, NÃO!
    Mas e se a garotada do Restart tivesse vivido naquela época? Seriam o que são hoje?
    Evidente que não. Ou teriam que se enquadrar no mundo musical da época ou desistir.
    E o Led Zeppelin? Se se formasse hoje, com a mídia trabalhando por trás, transformando-os em “máquina de fazer dinheiro”, vocês acreditam que eles teriam o tempo suficiente para elaborar músicas com o mesmo nível que elaboraram nos anos 60?
    Eu tenho uma visão totalmente contrária a essa idéia de “no meu tempo era melhor”.
    Na minha entrevista no Aspiracast#05, sobre Arquiteto, eu deixei bem claro isso. Encontro muitos colegas que dizem: “No nosso tempo, desenhávamos na prancheta, à lápis, depois cobríamos o desenho com diversas canetas de nanquim, no papel vegetal. As perspectivas eram uma verdadeira obra de arte, com cálculo de pontos de fuga, desenhos à mão livre, pintados em aquarela, etc..”
    Aí eu pergunto: “Se no meu tempo existisse o AutoCad e programas em 3D, vocês acham que eu ficaria na prancheta perdendo meu tempo com belos desenhos, enquanto os concorrentes pegariam 10 vezes mais cliente do que eu?
    A tecnologia avançou, os tempos avançaram e as cabeças dos mais velhos têm que correr junto.
    Evidente que o saudosismo existe, isso porque as coisas que me foram belas, que me trouxeram felicidade, jamais serão esquecidas, mas NUNCA afirmar que eram melhores que agora.
    Gostaria de lembrar ao amigo FatFrog, que no Pó de Cash #29 – Nunca antes da História deste País – do qual fiz parte como convidado, abordamos muito bem esse assunto, mostrando quantas coisas do “passado”, como atitudes, vestimentas, diversões… hoje se repetem com formas diferentes, mas com a mesma concepção.

    A reação daqueles que me conhecem e que demonstram um total respeito ao que digo e penso, é a prova que evoluí, que pelo menos tento acompanhar essa evolução, me enquadrar sem ser ridículo e sem ridicularizar o que é moderno.
    A verdade é uma só: não existe o tempo passado era melhor, nem o futuro será pior. Se você não viver o presente, se adaptando ao HOJE, usando o que aprendeu de bom no passado e tentando fazer um futuro melhor ainda, cara, pode deitar, segurar uma vela e morrer.

    Responder

    2. Excelente o seu comentário. Eu vejo que você é uma pessoa de idade, mas diferente dos outros que eu conheço que tem a sua mesma idade, você não nega as novidades. Sinceramente, quando eu ficar velho quero ser assim também e luto para não deixar a nostalgia me dominar como acaba acontecendo com a maioria. Eu geralmente tento avaliar as coisas independente da época que vieram, entender as novas culturas e acho que isso é o mais certo.
      Ps.: Já vi arquitetos reclamarem que o tempo do papel, lápis e regra acabam. Eu trabalhava em uma escola de informática e apesar de não dar aula de autocad, já vi alguns que foram forçados a aprender a mexer nesse software ficarem cegos para as facilidades das novas tecnologias.

      Responder

      1. Obrigado, Artur.
        Minha maneira de encarar a vida, às vezes é até criticada, do tipo "quer bancar o jovenzinho…"
        Pombas, com essa cara de 60tão, dor aqui e ali, nem pensar em bancar o garotão ou querer me mostrar pras menininhas. Seria ridículo demais.
        Velho eu sei que sou, só não sei é ser ANTIGO.
        Por que haveria de ver E o Vento Levou ao invés de Os Vingadores? Por que ir ao show do Roberto Carlos se posso ver o MUSE?
        Faço isso por que gosto e estou cagando se os outros velhos acham estranho.
        Semana passada fui ver o show dos Titãs (q tb já estão velhinhos) e estava lotado de jovens e eu, com minha cabeça branca, uma camisa do Metallica e a rapaziada me tratando numa boa.
        Velho eu sei que sou, só não sei é ser ANTIGO.
        Abraço

        Responder

  4. Boa noite, Lagados!

    Na minha opinião o que rola aí é o eterno confronto de gerações.

    Afinal, se você cresceu com certos valores, adotados como 'corretos' e que precisou lutar contra seus pais para preservá-los, quem são estes moleques que chegam agora dizendo que os novos valores é que estão corretos e os seus não?

    É uma eterna repetição.

    Meu pai não gostava do rock de bandas do tempo de Metallica, Gun's and Roses, Nirvana e outras. Dizia que aquilo não era música! Que não passava de barulho. Dizia que as músicas do tempo dele é que eram músicas de verdade.

    Hoje, sei exatamente o que meu velho sentia. A garotada atual diz que as músicas que eu gosto é que não estão mais com nada!

    Acho tudo muito OVER hoje em dia, tudo muito colorido.

    Será que isso é reflexo da evolução tecnológica? No tempo do Pink Floyd as impressões eram quase todas em preto e branco. Apenas as capas dos discos eram coloridas. Deve ser por isso que as bandas adotavam preto ou branco como cores das suas roupas.

    Hoje, em tempos de iPad, não se tem mais limitações de cores. Tudo é animado em flash ou gif, tudo é colorido, em 3D. Talvez o Restart até quisesse usar cores menos coloridas (alguém com PhotoShop dá um DESATURE – CTRL U nos rapazes, por favor!), mas se eles não usassem tantas cores, como iriam se destacar no meio da multidão que se lança ao estrelato?

    Essa busca em se tornar celebridade faz com que as pessoas estejam cada vez mais dispostas a fazer o impensável pelo sucesso.

    E assim a coisa vai ficando cada vez mais gritante até chegarmos ao futuro do Blade Runner! Lotado de luzes, letreiros, neons, vídeos. Um mundo RESTART!

    Abraços.

    aLx

    Responder

    1. A questão é o mundo é dos jovens. É assim em todas as gerações mudaram o mundo, essa geração vai fazer o mesmo. Hoje em dia não existe mais o medo que existia antigamente de uma guerra fria estourar e o planeta inteiro explodir. Hoje as pessoas não precisam ser mostrar as mais fortes, por isso que cada vez esse pensamento que nós pegamos um pouco na nossa geração se tornou algo ultrapassado. Na verdade nós somos muito ligados ao planeta e como ele era quando nascemos e é normal não aceitarmos muito bem as mudanças, embora eu aceito, mas não participo.

      Bom, no meu caso, eu entendo o movimento Emo e esses coloridos. Assim como você disse, eles parecem uma reciclagem de como o mundo será nos anos 60, tudo colorido demais para nosso gosto, mas o mundo não é nosso mais. As coisas mudam e a gente pode escolher adaptar ou simplesmente ficar reclamando dos jovens. Eu prefiro adaptar, inclusive é mais fácil para mim do que para a maioria pelo que eu observo, embora eu não vou aceitar tudo. Antigamente tinha Axé e Boy Bands e eu já achava uma merda, do mesmo jeito que não gosto do funk e do Michél Teló de hoje. Meu gosto é meio independente da época.

      Responder

      1. Eu acho desnecessário adaptar.

        Veja o exemplo do @Nerdanderthal. Ele não passou a correr atrás de trios elétricos na época dos axés bahianos, nem começou a ouvir sertanejo universitário.

        Penso que deva existir respeito. Mas não apenas do Jovens para os "Não-Tão Jovens". Acho que os mais velhos devem respeitar as novidades dos mais jovens, mesmo que não lhes agrade.

        Se eu respeito o cara que está ao meu lado tooodo colorido, espero que ele respeite a minha camiseta preta. Nem o critico, nem ele me critica.

        Se tudo no mundo fosse assim, mulçumanos respeitando cristãos. Religiosos respeitando ateus. Heterossexuais respeitando homossexuais. E vice-versa, muito dos problemas que temos não existiriam.

        Quer ouvir funk? Ok, acho que é a demonstração da cultura que a pessoa tem disponível para si. Não espero que alguém que more em um lugar onde só toca funk, procure MOZART para baixar na internet — e, para nossa alegria, alguns destes casos improváveis ainda acontecem.

        Só o que espero é que o cidadão que quer ouvir funk no busão, tenha o respeito de entender que ali tem gente que gosta de Gorillaz (EU), outros que gostam de sertanejo, Roberto Carlos, Titãs, Slip Knot, e tantos outros gêneros. Então porque o cidadão quer ouvir FUNK sem fone de ouvido?

        O problema é quando falta o respeito. É isso que temos que ensinar aos mais jovens. Ouça o seu Restart, mas no fone, por favor.

        Com respeito, a convivência é bem melhor.

        Abraço.

        aLx

        Responder

        1. Claro que você não vai se adaptar a tudo. Você citou o exemplo do Sertanejo universitário e assim como o Axé de antigamente, ele é um lixo. Não estou dizendo para a gente se adaptar a tudo que sai, o que eu acho que é certo é a gente ter uma visão menos nostálgica das coisas. Como no exemplo do Nerdanderthal, ele se adaptou aos computadores diferente do pessoal da época dele. Tem muita gente que diz que, por exemplo, o rock acabou, porém discordo, continua saindo novas bandas, Nesse exemplo do rock muitos criticam bandas como Iron Maiden simplesmente porque eles tentaram mudar o som deles. As pessoas querem que todas as bandas sejam como o AC/DC que fazem o mesmo som desde de sempre. Tem gente que diz que os videogames acabaram e me desculpe, mas quem acredita nisso já é um velho, pois é um mídia que se analisarmos o quesito diversão, ela apenas evoluiu. Já vi pessoas um pouco mais velhas do que eu na minha área, defendendo o Delphi para uso comercial até hoje e com saudades de quando ele era largamente usado, isso é, defendendo uma linguagem de duas gerações atrás em uma área que tudo tem que mudar rapidamente. Temos que nos adaptar sim (na minha opinião obviamente), claro que uma visão critica também é necessaria para não sairmos por ai atrás de um trio elétrico. Isso nem é questão de não aceitar coisas novas, mas de não fazer coisas imaturas.

          Responder

          1. Mas aí é que está Artur. Acredito que cada um tenha o direito de fazer coisas que eu prefiro não fazer. Correr atrás de um trio elétrico, usar Delphy, curtir AC/DC, etc, etc, etc.

            A questão é que estamos usando termo ADAPTAR de forma errada. Se você curte MOLOTOV e de uma hora para outra passou a curtir SÓ Calypso isso não é adaptação, isso é uma mudança no seu gosto musical.

            Adaptação é como o Sr. Nelson, que desenhava em papel e passou a desenhar em CAD.

            Particularmente, a minha opção é continuar ouvindo uma coisinha aqui e outra ali — falando de música. No geral continuo com os Pink Floyd da vida e assimilo uma ou outra novidade. Acho que Gorillaz foi a última! Mas sei que tem gente que não gosta. Desses, só espero que respeitem o meu gosto.

            Resumindo:
            Adaptação, da forma como estamos tratando é sinônimo de ATUALIZAÇÃO

            As novas propostas dos jovens — das quais podemos não gostar — não são adaptações/atualizações de coisas que apreciávamos. Na verdade são coisas novas e que não nos agradaram.

            Aí, novamente, entra a questão do respeito. Precisamos respeitar estes novos formatos e ensinar os nossos filhos a respeitar quem pense diferente e tenha outras preferências.

            Abraço.

            aLx

            Responder

            1. Não tem nada de errado em curtir AC/DC, mas sim de achar que não sai coisas novas boas e que tudo tem que continuar sendo do mesmo jeito que sempre foi. Defender o antigo é uma coisa, ir contra o novo é outra coisa.
              Agora querer defender o Delphi eu não não aprovo. É uma linguagem ultrapassada. É como se você pegasse um velho e pedisse para ele fazer um trabalho pesado de um jovem. Provavelmente ele vai travar e ir para o hospital.

              Cara, tem gente que diz que não existe série de TV boa saindo atualmente cara, em tempos de Game of Thrones e The Walking Dead. Não precisamo nos atualizar para gostar de uma coisa que foi feita para a nossa geração como essas séries.

              Claro que tem que haver respeito, porém dos dois lados. O que eu reclamo é que muitos jovens estão cometendo erros diferentes dos nossos e por isso nossa geração acha que tem o direito hipócrita de ficar julgando os caras. Como eu disse no cast, a geração anterior a nossa chamava a gente de "geração Coca-Cola" e falava que nós eramos um monte de vagabundos. Muita gente na nossa geração fez merda como dançar a boquinha da garrafa e agora fica julgando os jovens que estão no funk. Deixa os caras serem adolescentes e perceberem que estão sendo ridículos, deixem eles cometerem os erros deles.

              Responder

              1. Juro por Deus que é a minha última réplica, ok? kkkk Virou bate-papo UOL!

                Concordo com quase tudo que você falou. Da questão do respeito dos dois lados. Do lance de criticarmos os erros da geração atual e esquecermos os nossos. Isso remete ao confronto de gerações que citei no meu comentário original.

                Concordo que estes jovens de hoje em dia vão olhar as suas fotos e ver o quanto foram ridículos. (Esse mal não tivemos! Quando eu era jovem, foto era um hobby de luxo!!! Hoje, todo mundo tem a sua máquininha digital pra postar fotos no FB/OKT).

                A única coisa que discordo foi desta passagem sua:
                "Agora querer defender o Delphi eu não não aprovo."

                O cara que usa e defende o Delphi vai ter os motivos e argumentos dele. Se este cara for alguém com poder de decisão em uma empresa, então o ponto de vista dele vai ser aplicado em toda a compania, inclusive à você, se for um funcionário dele.

                O fato é que todo mundo tem direito às suas convicções. Seja usar Delphi, CorelDRAW, Maya, Roupas Coloridas, Ser Mulçumano, Gostar de Axé, Ser Homossexual, etc.

                Todas as escolhas são legítimas e devem ser respeitadas. É aquela máxima: O direito de um termina onde começa o direito do próximo.

                Abraço.

                aLx

                Responder

  6. Esse papo entre o aLx e o Artur já está longo demais.
    Parece conversa de velho na fila do banco.
    E como eu odeio velhos, por favor, me incluem fora disso.

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