Review: Beat Hazard

Um dos grandes problemas que o gênero musical tem é o ofuscamento de bons jogos por franquias com um apelo mais mainstream como Rock Band ou o Guitar Hero. Beat Hazard felizmente é um desses bons jogos.
Lançado em abril do ano passado pela Cold Beam Games, o jogo não fala nada sobre sua história, apenas mostra que você está no controle de uma nave no espaço e com a ajuda de sua bomba e de seu canão que leva o nome do jogo, você deve destruir tudo o que se move na tela, desde que não seja você.


No quesito visual é preciso dizer que as balas e efeitos visuais são o que dão o ar da graça no jogo porque elas mudam de cor e ficam mais visíveis conforme você vai coletando os Power-ups e quando você coleta todos (e vai mudando de dificuldade ), o jogo vira um festival de cores e brilhos dignos de levar a sério o aviso de epilepsia que vem nos créditos iniciais do jogo. Mas, pra quem não gosta de brilho pode desativá-lo nas opções.
O jogo mistura a jogabilidade de shooters multidirecionais como Everyday Shooter e Geometry Wars com o estilo “faça-você-mesmo” de criar playlists de outros jogos como Audiosurf e Osu! e os mistura em um inovador sistema de jogo aonde a música escolhida e sua batida definem não só as cores que serão mostradas na fase, mas também o número de inimigos e chefes que você vai enfrentar e o poder de seu canhão que pode passar de uma chuva de balas coloridas para dois pontinhos brancos num piscar de olhos. E tudo isso sem falar das dificuldades do jogo que vão do casual “fácil” até o insano “suicida”, dificuldade que só é liberada ao chegar no nível de elite na qual os inimigos enchem a tela e os seus tiros ficam incrivelmente coloridos e brilhantes, então tudo se resume a um “tome cuidado com o que você escolhe”.


Na parte sonora, o jogo usa o já mencionado estilo no qual você escolhe a música que vai jogar, então se não gostar das músicas tá na hora de rever seus gostos. Já nos quesitos sonoros é que o jogo consegue um pouco mais de brilho, já que existe um efeito sonoro para cada tiro inimigo, garantindo uma rápida identificação do que aquele chefe gigante vai usar para te matar, sem falar na sábia decisão da produtora de não colocar efeitos sonoros nos seus tiros porque seria duro de aguentar o inferno sonoro que seria se tivesse.
No fator replay, não existem muitas coisas que possam elevá-lo muito já que os inimigos não são muito variados, existem poucos modos de jogo e o modo online se baseia num ranking dividido em partes baseadas na duração e na quantidade de números de músicas que você já jogou. Mas, de acordo com a produtora, o DLC ”Beat Hazard Ultra” promete revitalizar o jogo com novos inimigos, mais chefes, novos modos de jogo e um modo de multiplayer cooperativo e competitivo. Espero que o DLC realmente faça tudo isso.


Em resumo, Beat Hazard é um jogo que, mesmo pela falta de muitos modos de jogo e da ausência de um multiplayer (até a hora que esse review foi lançado), consegue ser bom e divertir por muitas tardes (ou noites se você quiser ter uma rave em casa e não gosta de pagar muito).

Soma:

Gráficos: 2.2/2,5
É tudo muito bonito e colorido, dando um charme ao jogo.

Som: 2,3/2,5
Não reclame da playlist do jogo.

Jogabilidade: 2,0/2,5
Fácil pros casuais, infernal pros hardcore.

Replay: 1.3/2,5
Poucos modos de jogo podem fazer algumas pessoas largá-lo rápido.

Final: 7,8