Jurassic World – Análise do filme

Jurassic Park talvez tenha sido um dos filmes mais impactantes visualmente de todos os tempos. Vindo em 1992, quando os efeitos especiais em computação gráfica ainda estavam engatinhando, os espectadores tiveram gratas surpresas quando foram ao cinema e viram criaturas pré-históricas ganhando vida de uma forma jamais vista antes. Até hoje, os dinossauros daquele filme parecem convincentes e reais, mesmo se passando mais de 20 anos da estreia do filme original. Apesar de todo esse sucesso, suas sequências foram inferiores e fizeram a franquia ficar na geladeira por um bom tempo, até que em 2015 surge Jurassic World.

Mesmo que esse quarto filme da franquia tenha aparecido em uma época Hollywood está deixando de criar e apenas traz um monte de filmes do passado de volta, Jurassic World não faz feio e mostra que vai demorar muito para as pessoas se cansarem de rever seus filmes antigos com novas roupagens, pois estão fazendo um excelente trabalho em apresentar nossas franquias para os mais jovens e encher os mais velhos de uma felicidade nostálgica.

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Em Jurassic World, finalmente a ideia do parque dos dinossauros é colocada em prática e temos um parque que já está funcionando há anos na mesma ilha que aconteceu os eventos do primeiro filme. Se antes a lição do filme foi de que era perigoso trazer criaturas extintas de volta a vida, agora temos uma mensagem diferente, mas que no fundo aborda também os limites da ciência, já que resolvem criar dinossauros geneticamente modificados para serem mais ferozes e obviamente os bichos resolvem correr pelo parque e comer um monte de gente.
Se você espera bom desenvolvimento de personagens humanos, pode procurar outro filme, pois aqui as estrelas são os dinossauros e o longa só faz questão de apresentar os humanos de uma forma que você conheça o mínimo deles para se importar quando eles estiverem tentando sobreviver aos ataques das feras pré-históricas.

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A direção não é do Spielberg, mas parece muito, pois temos uma excelente combinação de suspense, trama familiar e aventura, com personagens até mais carismáticos que os do filme original, pois não tem nenhum que fica fazendo coisas idiotas, o que acaba sendo um ponto positivo para o roteiro, que não precisou do recurso do “personagem retardado que cria suspense e chama os monstros para a ação”, algo que é bastante presente em filmes desse estilo.
jurassic_world_02Muita coisa remete ao original, como a própria trilha sonora e a estrutura do filme, mas seria injusto dizer que fizeram um simples repeteco, já que exploram novas ideias que antes não poderiam ser mostradas, como o adestramento de dinossauros, que só seria justificável se existisse alguém durante muito tempo tentando fazer isso.

Jurassic World entrega o que é esperado da franquia e um pouco mais, trazendo algo além de apenas dinossauros comendo gente, sendo bem melhor que Jurassic Park 2 e 3. Obrigatório ver na tela grande e embarcar mais uma vez nesse mundo dos dinossauros.