Games e Saúde – Videogame não faz mal a saúde

O videogame sempre foi o vilão de muitas coisas, desde estragar a TV até mesmo prejudicar nos estudos e na saúde do indivíduo, desde a obesidade até a agressividade. Hoje com a tecnologia avançando, cada vez mais vemos que isso não passa de um tabu, e que se usado corretamente, os games podem ajudar em vários aspectos.

E foi por isso que, depois do WorldRPGFest e das palestras dos amigos do Sobcontrollers e Meialuax eu decidi fazer esse artigo. Achei importante falarem sobre os impostos e talvez o governo devesse entender que isso não funciona apenas para diversão e sim para um bem estar. O projeto jogo justo está ai, e contando com todos. Mais do que isso, a ciência cada vez mais dá base a algumas verdades que poucos desconhecem: Games e Saúde. Segundo  CNN americana que fez uma pesquisa grande sobre o assunto, veja aqui cinco motivos pelas quais os Games, sem exagero de tempo é obvio, ajudam na condição física e mental:

1. Visão
Jogos de ação podem ajudar a aguçar a visão e até mesmo curar a ambilopia, conhecida como “olho preguiçoso”. Nesta condição, a visão de um olho é pior que a do outro, e o tratamento é muitas vezes feito com o uso de um tapa-olho. Entretanto, pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, descobriram que uma hora de vídeogame pode melhorar a visão tanto quanto 400 horas do uso de tapa-olhos. Além disso, um estudo da Universidade de Rochester (EUA) descobriu que jogos de tiro em primeira pessoa melhoram a visão ao aumentar a capacidade do cérebro de prestar atenção em vários eventos ao mesmo tempo.

2. Cérebro
Jogar Tetris, um dos mais antigos e mais populares vídeogames, e que eu particulamente amo, pode aumentar a eficiência do cérebro. Pesquisadores de Albuquerque (EUA) realizaram os testes com 26 garotas adolescentes que jogaram Tetris durante 30 minutos diários durante três meses. O estudo descobriu que as jogadoras desenvolveram um córtex mais espesso que aquelas que não jogaram. Além disso, as áreas que ficaram mais grossas são aquelas que os cientistas acreditam estar ligadas à coordenação de informações visuais, táteis e auditivas.

3. Equilíbrio
Pesquisadores da Universidade de Ottawa, no Canadá, testaram o vídeogame Wii em pacientes com doença de Parkinson. Depois de seis semanas de treinamento diário por 30 minutos com o Wii Fit, de exercícios físicos, e 15 minutos de Wii Sports, com esportes, os participantes do estudo melhoraram significativamente o equilíbrio. Os pesquisadores acreditam que treinamentos deste tipo podem ajudar a diminuir o declínio das funções corporais em pacientes com este problema.

2. Boa forma
Jogos como “Dance Dance Revolution” e “In The Groove” faziam a alegria de muitos adolescentes em shopping centers e em casa, sobre os tapetes apropriados para a dança. Agora, o Wii Fit permite que os jogadores realizem várias atividades físicas, como surf, boxe e danças sem nem sair de casa. Algumas academias já até integraram os vídeogames para as atividades físicas. Isso vai além da saúde também na estética.

1. Coordenação motora
Pesquisas mostram que vídeogames podem aumentar a coordenação motora e a coordenação entre o olho e a mão. Um estudo realizado na Universidade de Iowa (EUA) mostra que jogar três horas semanais de vídeogames ajuda a cirurgiões terem menos erros em procedimentos pouco invasivos. Os jogos também ajudaram os médicos a realizar os procedimentos mais rapidamente.


Fatores Comportamentais

Mulheres e os Games

Um recente estudo revela o que muitos pais gostariam de ouvir: meninas que jogam videogame tem uma vida mais saudável.Segundo a pesquisa, conduzida por duas cientistas dos Estados Unidos, meninas e adolescentes que têm o costume de jogar videogames com seus pais – em especial jogos apropriados para a sua idade –, são mais comportadas, sentem-se mais conectadas com sua família, são menos agressivas e têm menos tendência a se tornarem depressivas.As pesquisadoras conversaram com cerca de 280 famílias com filhos entre 11 e 16 anos. Os resultados demonstram que, em média, as meninas jogam videogames com sua família (não raramente com o pai) uma vez por mês, e 46% nunca haviam jogado com os pais. O nível de bem-estar entre as que mantinham o hábito, no entanto, foi responsável por 20% de diferença nos resultados, um número bastante significativo nas ciências sociais.
Isso é uma vitória e no Brasil não é muito diferente. Dona de uma sociedade muitas vezes machistas, vencemos barreiras e acredito que a pesquisa vale para cá tanto quanto para os EUA

O vício
Ele existe?Embora muita gente acredite que a maioria dos adolescentes parece ser viciada em videogame além do que seria considerado saudável (E isso inclui dias em frente a um computador por exemplo), uma nova pesquisa afirma que uma pequena percentagem de garotos pode ser muito obcecada com jogos.

As descobertas sugerem que para a maioria dos adolescentes, os jogos de videogame são apenas uma parte do comportamento normal. Isso quer dizer que são como algumas horas vendo TV ou brincando na rua. Os resultados de alguns estudos anteriores tinham levado as pessoas a acreditar que os videogames poderiam provocar comportamentos agressivos em adolescentes, mas pesquisas muito cuidadosas, como esteestudo, não suportam esses resultados.
O estudo incluiu mais de 4.000 estudantes de ensino médio americanos. A análise concluiu que, entre aqueles que jogavam videogame ou jogos de computador, apenas 5% relataram sinais de “problemas”, que incluem uma vontade irresistível de jogar, tentar reduzir a quantidade tempo jogando e falhar, sentimentos de tensão que só poderia ser aliviados ao jogar, etc. Esses comportamentos são semelhantes ao diagnóstico de dependência de álcool, drogas e jogos de azar.
Os pesquisadores perguntaram aos estudantes sobre jogos e vários comportamentos relacionados à saúde. Globalmente, 76% dos rapazes e 29% das meninas disseram que jogavam video game ou jogos de computador. Especificamente, 6% dos rapazes e 3% das meninas relataram sinais de problema de jogo.

Além disso, não há evidências de que o passatempo seja ligado a efeitos negativos na saúde. Os pesquisadores descobriram que entre os 95% dos jogadores que não são viciados, os que jogavam videogame não tinham nenhuma probabilidade maior de beber ou usar drogas, e tinham menos probabilidade de fumar. E em uma estatística curiosa, os jogos casuais são os que tomam mais conta, e inclusive causa maior dependência em adultos.

Incentivo e Alertas dos médicos

No youtube vemos muitos casos de Wii Fail e Kinect Fail, com vídeos de lesões feitas por Videogames. Há um tempo atrás, chegou ao congresso inclusive a possibilidade de paralização da

venda de tais consoles, devido a sua periculosidade. Porém, depois de muito investigarem, tudo acabou silenciando-se. Mas isso só se deu, devido ao apoio de médicos e profissionais. Em muitos locais do Brasil (inclusive aqui em Curitiba, temos um hospital que faz isso para usuários do SUS), hospitais e clínicas começaram a usar games como alternativas no tratamento.

“Nada substitui o sorriso do tratamento, que muitas vezes era doloroso e chato” Diz Fisioterapeuta. “Acidentes acontecem, desde jogando futebol, até mesmo tomando banho. Não é o videogame o culpado de tal ato.”

Jogos voltados para a saúde também estão ficando comuns. No Brasil já temos até empresas especializadas, como a Fisiogames de Floripa. Segundo eles, esse tipo de jogo pode ser usado na Medicina, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Serviço Social, Atividades Fisicas, Terapias Alternativas, Odontologia, Estética, etc.

Outra boa aplicação da tecnologia e realidade virtual é o DETECT. Um dispositivo composto de óculos de RV, headphone e controle que pode detectar o mal de Alzheimer em dez minutos antes mesmo dos sintomas aparecerem. No processo o usuário passa por testes visuais e auditivos que avaliam capacidades como tempo de reação, memória, etc. Os resultados são comparados com escore padrão para a idade do paciente. Quem quiser ler mais, pode acessar o site dos desenvolvedores.

E o futuro?

O futuro promete para o mercado de jogos, e por que não jogos voltamos para a saúde? Que unem além de tratamento diversão? Basta a consciência na política ver que abaixar impostos vai muito além do puro entretenimento. Essa é só uma pequena parcela do que os games são capazes. O ensino de línguas sempre foi um dos principais benefícios dos games, mas nunca comentado a fundo. Aguardamos e lutando, não xingando, piorando a imagem, mas sim batendo de frente com provas.

 

E você conhece algum caso sobre game e saúde? Não esqueça de dar sua opinião sobre esse artigo =] ele é muito importante não só para nós, mas para todos os gamers.

 

Fonte: www.hypescience.com, www.cnn.com e www.youtube.com