Epic – O Reino que foi muito bem escondido

Já há algum tempo tenho percebido que os grandes estúdios não fazem mais animações para crianças, nem exatamente para adultos, no geral são histórias uaréva sobre mimimi’s adolescentes que não prendem a atenção dos acima de 12 anos, mas com tramas e personagens complexos demais para os pequenos, e infelizmente Epic não foge à regra.

O diretor Chris Wedge que foi responsável por sucessos como A era do gelo, Rio e Robôs ao lado de Carlos Saldanha, resolveu dar as caras em uma produção solo, mas não se saiu lá muito bem. O filme funciona como bom entretenimento por algum tempo, mas logo se torna chato, na metade do filme eu já estava mais atenta aos detalhes artísticos do que à história o que me fez pensar que deveria ter optado pelo 3D, a qualidade técnica supera em anos luz o roteiro que é atribuído a 6 roteiristas na adaptação do The Leaf Men and the Brave Good Bugs de William Joyce.

O nome em inglês, Epic não é lá uma escolha muito acertada, já que de épico o filme não tem nada, é apenas mais do mesmo. Segundo Wedge a ideia para a história surgiu quando ele e Joyce trabalhavam juntos em Robôs, Wedge teria ajudado na criação dos personagens que posteriormente viraram um livro, em entrevista ao site fandango.com, Chris fala sobre o desejo de dar vida à história e conta que teve como grande inspiração o filme Avatar – “É assim que todo filme deveria ser” – mas que cá entre nós Epic não conseguiu.

Trailer

Epic está longe de ser Avatar, o filme é definido em uma palavra: ESQUECÍVEL!

Você sai da sala de cinema e não se lembra da metade do que viu, tem meia dúzia de cenas de ação que talvez ficassem melhor fixadas caso tivesse assistido em 3D, mas nada surpreendente, tem um roteiro confuso, o nome dos personagens é complicado demais pra que as crianças se lembrem e não traz absolutamente nada de fantástico, confesso que fiquei decepcionada,  nem minha sobrinha de 6 anos se empolgou com o filme que na teoria funciona bem, mas na prática é apenas uma boa animação.

A história conta a aventura de Maria Catarina -MC (Amaanda Seyfried), que se vê forçada a ir morar com o pai, Bomba (Jason Sudeikis) um cientista obcecado por provar a existência de uma forma de vida inteligente habitando a floresta, em seu caminho ela encontra com Ronin (Colin Farrel) e Nod (Josh Hutcherson) ao ser encolhida e levada ao mundo dos homens folha pela rainha Tara (Beyoncé Knowles), nesse mundo completamente diferente do seu, ela precisa aceitar que seu pai esteve certo o tempo todo sobre os pequenos seres, e correr contra o tempo para salvar todos do vilão Mandrake (Christoph Waltz) que deseja destruir a floresta e transformá-la em seu reino de podridão.

O ponto alto do filme é a duplinha Mub (Aziz Ansari) e Grub (Chris O’Dowd) e claro, o guardião da história do reino Nim Galuu (Steve Tyler) bom, ele é dublado por Steve Tyler, precisa dizer mais? O elenco também conta com a voz de Pitbull interpretando o sapo trambiqueiro Bufo.

No mais Epic de épico só tem o nome, mais uma prova de que um trailer bem editado pode te enganar direitinho!

Deixo o convite pra xeretar mais concept arts que são muito boas, pra quem se atenta a esses detalhes tem o material com as concept arts do filme disponível no Amazon segue link aqui e muita coisa no site do filme,  já aviso, é mega pesado. É isso, até a próxima! (:

Esse artigo é uma colaboração de Cal Bueno.